p Um mundo na Ppalma da mão: junho 2005

quinta-feira, junho 30, 2005

Artista armado em "purista"?! (2)

Hoje quando ia almoçar com uns colegas ouvi dizer que “alguém” andava incomodado por “alguém” cheirar mal .
Até aqui nada de especial, mas uma coisa é dizer isso em tom de gozo e brincar um bocadinho, outra é dizer isso com um pouco de nojo da pessoa, e inclusive dizer para irem dizer a essa pessoa que ela cheira mal.

“aí JAZUS... KOOOOoRORE!!!”Tipo “cheirar mal” não quer dizer falta de asseio!
À tarde ouvi novos comentários em relação a essa pessoa e fiquei a pensar como somos picuinhas!
E pegando no “post anterior” pego num dos milhares de pontos que critiquei a “sede de cultura e de ser mais perfeito” ..... CULTIVEM-SE!
Sejam mais Humanos e deixem-se de merdas fúteis, porque vocês também cheiram mal e ninguém vos diz nada .
Se dizem mal sem ter conhecimentos não sabem a figura de burros que estão a fazer.
Ora cultivem-se lá, e pensem duas vezes antes de dizer mal !

hiperhidrose :
A hiperhidrose ataca normalmente pés, mãos e axilas - e às vezes até o corpo todo - provocando suor excessivo nestas regiões sem que haja um estímulo evidente, como por exemplo, algum esforço físico. As pessoas que sofrem de hiperhidrose suam de maneira mais acentuada que o normal, e chegam muitas vezes a ficar com estas regiões do corpo "ensopadas", e odor acentuado. Com o problema as pessoas acabam apreensivas e ansiosas, o que acelera ainda mais a produção de suor. Diante desses aspectos, se isolam do convívio com outras pessoas e chegam a ter como consequência disto problemas psicológicos


Ppalma


terça-feira, junho 28, 2005

Artista armado em "purista" ?!

Espero que algumas pessoas (principalmente as vítimas de quem me vou referir), não me interpretem mal e não fiquem chateadas comigo mas cá vai (não pessoal de Alverca e arredores isto não é para vocês, ainda não vos conheço não vou julgar o que não conheço bem)!
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Estou farto da vossa futilidade, ou será da minha futilidade ou complexidade .
Ou mesmo de se calhar ser eu demasiado simples não sei!
Ya, parece daqueles vypes de adolescentes de 17 anos, mas neps se não ..não conseguia encontrar alguém da minha idade e até mais velhas com os mesmos pensamentos .
São uma minoria admito, mas comprova de que não é uma crise de adolescente , imaturidade etc...!
Alguns dizem me “és de artes é uma beca alucinado” ... talvez alucinado, talvez me ande a estragar , mas penso e questiono-me e quero mais e mais ... e mais!

Mas estou tão farto de vocês pah, não estou a dizer que não vos curto, muito pelo contrario.
Mas vocês são tão terra a terra, voem um bocado porra!
Tão básicos, as conversas dão sempre no mesmo, não conseguem filosofar uma beka, não conseguem tentar arranjar novas teorias, não sabem partir de um ponto e deixarem se levar pela conversa e voar, tentar criar uma nova teoria para o explicável tornar o código genético em algo básico...sei lá !
De ver a beleza de uma parede branca, do puder da estrela mais distante no céu, de vos deixarem seduzir pelo cosmos , de imaginar novas galáxias, novos mundos, novas sensações!

Estão tão presos a conceitos e actos pré- concebidos pela sociedade!
E deixam se levar pelo que ouviram e por vezes cegamente.
Não sei como são capazes , a sério não dá porra!

Parece que têm tanto medo do desconhecido, de soltar as assas de ir por aí e de voarem sem o caralho da carteira, sem luxos .
Antes de fazer, experimentar, provar algo ou ir a algum lado dizem logo k não gostam ... tornem o vosso sêr perfeito, explorem novas sensações . Criem mas criem algo sempre k tem um momento de vocês para vocês!

Actualmente só consigo “voar numa conversa verdadeiramente interessante uma vez ou duas por mês”.
E digo-vos , de manhã quando acordo e vejo as pessoas nos comboios vejo lhes a cara e vejo a minha cara na cara delas carrancudas ,vazias ,saturadas e enferrujadas!
Vejo a cara que tinha na semana anterior e que me olho nos reflexo dos vidros vejo uma face liberta, sem ânsia, com vida e contente.
Porquê?
Porque eu libertei me, tornei me mais “pessoa”, usei a cabeça, criei “uma teoria”, voei para o mundo do sentidos, experimentei uma coisa nova e estou mais culto, Aperfeiçoei me , sou um pouco melhor tornei me insignificantemente mais “culto” ( tirem disto o que quiserem).
Quebrem o vosso glaciar , acordem!

Começem a exprimentar a deitarem se à chuva, deitem se numa estrada, façam amor aos berros, adormeçam a olhar para as estrelas, fumem um xarro de vez em quando, exprimentem o que vos faz confusão... libertem se!

Hoje recebi uma prenda de anos , ou uma carta de parabéns que dizia mais ou menos isto:
(...) E não te esqueças de VIVER, e que viver implica ARRISCAR , ir mais além ultrapassar barreiras . Mesmo aquelas barreiras que existem dentro de nós e os abismos que criamos e que construíram à nossa volta .
A Vida é Bela e é para ser vivida e para absorver todas as experiências (de sentir , de provar ,de pensar e de principalmente conhecer).
Pois só assim seremos mais perfeitos e conhecedores. (...)

Acho que não consegui descrever nem 2% do que penso e do que sinto mas talvez uma minoria perceba o meu modo de vida, a minha forma de sentir , a minha “estranha forma de pensar”.
E para não ficar à “margem” meto a capa e sou como vocês!
Podia divagar e ser mais explicito, mas estou farto, de falar para os homens e vou falar com os peixes!
Mas sei que pelo menos três ou quatro pessoas vão me perceber .

Ppalma

domingo, junho 26, 2005

Mais um aniversário!

Pois é , os anos passam e quando “acordamos , tudo já se passou”!
Os dissabores da vida moldam-nos , e não conseguimos dar a volta, amores perdidos sem retorno, assas cortadas em pleno voo !
Este talvez tenha sido dos “melhores aniversários que tive”, mto simples , poucas prendas, poucas palavras!
A melhor prenda , apenas uma flor feita a papel colorido.
Não apenas feita de papel, feita sim do “passado que não volta”.

Do passado que vivi,
Do passado que do futuro não construí

Agradeço a todos os que partilharam comigo este momento!
Agradeço a todos por me lembrarem que tenho amigos!
Agradeço te por me confortares o meu lamento!
Agradeço vos pelo facto de não sentir que tenho eminigos!
Agradeço te plo piercing,
Agradeço vos por este “felling”!

Obrigado por terem aparecido!

Obrigado pelo vossa amizade ter conhecido!

Ppalma.

sexta-feira, junho 17, 2005

Demónios interiores...

São duas da matina e não consigo adormecer.Do nada dou por mim a enrolar, mas não sei...voltou algo prá minha cabeça.Às tantas quando dei por mim escrevi algo que no final não consegui perceber.
Aqui vai:

São duas da manhã e está-se tudo a passar
Uns andam para a frente, outros querem virar
Outros ainda sonham com paragens distantes
Mas logo algo me ameaça com passos galopantes
madrugada a dentro está-se tudo a passar
um homem lá fora discursa,não o estou para aturar
há quem evite as pedras que o destino arremessa
e há sempre a ideia de morrer durante a peça
Olha essa nuvem que tu já conheces
Ela é negra e carrega de novo na tua cabeça
Ameaçando o "desfecho feliz"
Que tu tinhas já alinhavado para a tua peça
Porque será que ela teima em voltar?
Sempre que as coisas parecem ir bem?
Se ao menos fosse possível saber de que paragens é que ela vem?

O sete de paus nunca encontrou o seu canto
O sete d'ouros carrega cada vez mais encanto
O sete das espadas já ganhou outra cor
E o sete que era de copas... perdeu o seu amor
As noites feitas em estrelas, os dias feitos em nada
As tardes sempre em redor
Duma esperança acabada
Sonhador inato, sobrevivente nato
Nem sempre sou exacto
Nem sempre consego evitar os facto
Os meus actos
Os nossos factos

Desta vez vou construir uma cama de espuma
Adequada à função de voar
Com limpa-pára-nuvens
Que me retire este mau estar
Se for preciso um pára-quedas
Se for preciso um pára-quedas, uns milagres em bom estado prontos a usar
Acende mais um cigarro
inventa alguma paz interior
esconde essas sombras no teu olhar
tenta mexer-te com mais vigor
abre o teu saco de recordações
e guarda só o essencial
o mundo nunca deixou de mudar
mas lá no fundo é sempre igual

E agora, que a lua escureceu
e a corda da guitarra se partiu
D. Quixote foi-se embora
com o amigo que a tudo assistiu
as cores do teu arco-íris
estão todas a desbotar
e o que te parecia uma bela sinfonia
é só mais uma banda a passar

A chuva encharcou-te os sapatos
e não sabes p'ra onde vais
tu desprezavas uma simples fatia
e o bolo inteiro era grande demais
agarras-te a mais uma cerveja
vazia como um fim de verão
perdeste a direcção de casa
com a tua sede de perfeição

Tens um peso enorme nos ombros
os braços que pareciam voar
tu continuas a falar de amor
mas qualquer coisa deixou de vibrar
os teus sonhos de infância já foram
velas brancas ao longo do rio
hoje não passam de farrapos
feitos de medo, solidão e frio

Sentei à minha mesa
os meus demónios interiores
falei-lhes com franqueza
dos meus piores temores
tratei-os com carinho
pus jarra de flores
abri o melhor vinho
trouxe amêndoas e licores
chamei-os pelo nome
quebrei a etiqueta
matei-lhes a sede e a fome
dei-lhes cabo da dieta
não conheci bem cada um
pus de lado toda a farsa
abri a minha alma
como se fosse um comparsa
E no fim, já bem bebidos
demos abraços fraternos

saíram de mansinho
aos primeiros alvores
de copos bem erguidos
brindámos aos infernos
fizeram-se ao caminho
sem mágoas nem rancores
Adeus, foi um prazer!
Deixando-me a pensar

e disseram:
Mantém a mesa posta, porque havemos de voltar!

Ppalma

sexta-feira, junho 10, 2005

Um dia de Merda!

Tenho que partilhar esta História (desculpa lá André).

Quem já teve uma dor de barriga, sabe como é... esta é uma simples
história que poderia ter acontecido contigo...
Aeroporto de Lisboa, 15h30m
Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada
que uma urinada e uma cagada não aliviasse.
Mas, atrasado para apanhar o autocarro que me levaria para o
aeroporto, do outro lado da cidade, de onde partiria o voo para
Estocolomo, resolvi segurar as pontas, "afinal de contas, são só uns
15 minutos de viagem. Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar uma
mija tranquilo".
O avião só sairia as 16h30m.
Entrando no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e
tomei consciência de que a minha gravidez fecal chegara ao nono mês e
que faria um parto de cócoras assim que entrasse no wc do aeroporto.
Virei-me para o meu amigo que me acompanhava e, subtilmente, disse-lhe:
"Fogo, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque
preciso largar a farinheira." Nesse momento, senti o cagalhão a
alargar-me a brodas do cú, beliscando as minhas cuecas, mas pus a
força de vontade a trabalhar e segurei a onda. O autocarro nem tinha
começado a andar quando para meu desespero, uma voz disse pelo
altifalante:
"Senhoras e senhores, devido ao muito trânsito, a nossa viagem até ao
aeroporto levará cerca de 1 hora".
Aí o cagalhão ficou maluco querendo sair a qualquer custo! Fiz um
esforço hercúleo para segurar o comboio de merda que estava para
chegar na estação anus a qualquer momento.
Suava em bicas.
O meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para gozar comigo.
O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais indicando que,
pelo menos por enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali. uma
onda de frescura rectal inundou o autocarro.
Tentava-me distrair vendo a paisagem mas só conseguia pensar numa casa
de banho, não numa igual à dos sanitários públicos, mas uma com uma
sanita, tão branca e tão limpa que alguém poderia pôr o seu almoço
nela.
E o papel higiénico então: era branco e macio e com textura e perfume
e...oops! Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento
do autocarro e percebi consternado que havia cagado.
Um cocó sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.
Daqueles que dá vontade de ligar para os amigos e parentes e
convidá-los a apreciar, na sanita, tão perfeita obra: daria até para a
expor no CCB! Mas, sem dúvida, não neste caso. Olhei para o meu amigo,
procurando um pouco de solidariedade, e confessei-lhe de modo muito
sério:
"Olha, caguei- me."
Quando o meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois,
aconselhou-me a ficar no centro da cidade, escala que o autocarro
faria pelo meio da viagem, e que me limpasse em algum lugar. Mas
resolvi que ia seguir viagem, pois agora estava tudo sob controlo.
"Que se lixe, limpo-me no aeroporto," - pensei - "pior do que como
estou não fico". Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica
recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não
pude evitar, e sem muita cerimónia ou anunciação, veio a segunda leva
de merda.
Desta vez como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado,
borrando, esquentando e lambuzando o cu, cuecas, barra da camisa,
pernas, calças, meias e pés. Logo a seguir, mais uma cólica anunciando
mais merda, agora líquida, das que queimam o fofo do freguês ao sair
rumo à liberdade.
E, no instante seguinte, um peido tipo bufa, que eu nem tentei
segurar... afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava
todo cagado. Já o peido seguinte foi do tipo que pesa e eu caguei-me
pela quarta vez. Lembrei-me de um amigo que, certa vez, estava com
tanta caganeira que resolveu pôr um penso higiénico nas cuecas, mas
colocou-o com as linhas adesivas viradas para cima e, quando quis
tirá-lo, levou metade dos pêlos do rabo junto.
Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.
Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia
ajudar-me a limpar a sujeira. Finalmente cheguei ao aeroporto e,
saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que
apanhasse a minha mala na bagageira do autocarro e a levasse aos
sanitários do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri
para a casa de banho e entrando de porta em porta, constatei a falta
de papel higiénico em todas as cinco portas.
Olhei para cima e blasfemei:
"Agora chega, Pá?!"
Entrei na última porta, mesmo sem papel, e tirei a roupa toda para
analisar a minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e
esperar pela mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas e com
ela uma lufada de dignidade no meu dia. Entretanto, o meu amigo entrou
na casa de banho cheio de pressa... já tinha feito o "check- in" e
disse-me que tinha que ir depressa avisar o voo para esperarem por
nós.
Mandou por cima da porta o cartão de embarque e a minha maleta de mão
e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Ele tinha-se
enganado na mala que eu aguardava e já tinha despachado a mala com
roupas. Na mala de mão só tinha um pullover de lã com gola em bico.
A temperatura em Lisboa nesta altura era de aproximadamente 37 graus.
Desesperado, comecei a analisar quais das minhas roupas seriam, de
algum modo, aproveitáveis.
As minhas cuecas, mandei- as para o lixo.
A camisa era história.
As calças estavam deploráveis, assim como as minhas meias, que mudaram
de cor tingidas pela merda.
Aos meus sapatos dava-lhes nota 3, numa escala de 1 a 10.
Teria que improvisar.
A invenção é filha da necessidade, então transformei uma simples casa
de banho pública numa magnífica máquina de lavar. Virei as calças do
lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na
água.
Comecei a dar ao autoclismo até que o grosso da merda se desprendeu.
Estava pronto para embarcar.
Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de
embarque trajando sapatos sem meias, calças vestidas do avesso e
molhadas da cintura até ao joelho (não exactamente limpas) e o
pullover de gola em bico sem camisa.
Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do
"rapaz que estava na casa de banho" e atravessei todo o corredor até
ao meu assento ao lado do meu amigo que sorria.
A hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo.
Eu cheguei a pensar em pedir uma gilette para cortar os pulsos ou 130
toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante,
mas decidi não as pedir... e respondi-lhe com uma esforçada cara
angélica:
"Nada, obrigado... eu só queria mesmo era esquecer este dia de MERDA!"
Até na dor e na vergonha é preciso ter estilo.
The end!!
--
André "volt" Oliveira


O "Volt" ao seu melhor estilo!

segunda-feira, junho 06, 2005

Palavras à deriva no meu quarto!

Este foi encontrado no meio dos muitos papeis onde guardo os meus desenhos e desvaneios.
Não sei se fui eu que o escrevi, não sei de onde o tirei .


O amor antigo vive de si mesmo,
Não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
Mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
Feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
E por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
Aquilo que foi grande e deslumbrante,
O antigo amor, porém, nunca fenece
E a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
E resplandece no seu canto obscuro,
Tanto mais velho quanto mais amor.

Foste o beijo melhor da minha vida,
Ou talvez o pior...Glória e tormento,
Contigo à luz subi do firmamento,
Contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
Queimas-me o sangue, enches-me o pensamento
E do teu gosto amargo me alimento,
E rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
Batismo e extrema-unção, naquele instante
Por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-te o ardor, e o crepitar te escuto,
Beijo divino! e anseio, delirante,
Na perpétua saudade de um minuto...


Ppalma

quarta-feira, junho 01, 2005

Venham eles...




Finalmente o calor aperta , as miúdas começam a “andar destapadas”, e os.... , começa a febre “festivaleira” dos festivais !
Confesso que já estava com saudades da “riquíssima salada cultural” e do ambiente “festivaleiro”!

Pois é, o Super Bock Super Rock abusou!

1ª Dia :
O festival para mim começou por volta das 20h por isso Bizarra Locomotiva , Black Sunrise, Luie, Tara Perdida e The 80s Matchbox passaram me ao lado ( “a cervejola no miradouro do Adamastor rendeu mais..” ).

1º The Prodigy ( Music for gilted generation ) - Simplesmente brutal ( finalmente o sonho tornou-se realidade).
Entraram a matar, não pararam um segundo sequer, mataram saudades desde o The Expirience até ao ultimo álbum.
Mas lá está
“The Fat of the Land” foi o ponto alto da noite para a maioria do pessoal , para mim a “POISON” arrebentou! Só faltou mesmo a Voodoo People... (nada é perfeito).

1º (em execuo) System of the Down – Se no Coliseu à 2 anos foi poderoso, o poder de à dois anos com a mística do festival tornou o concerto perfeito!
Ainda me tou a ver lá à frente no moche sozinho ( quando já não aguentava mais um pouco lá atraz lá encontrei os grandes "palmelões" ... e se já estava “on-fire” a partir daí até
Prodigy foi sempre a rasgar ....).

3º- Primitive Reason : ( gostei do som , deu para atrofiar ...).
4º- Blasted : Não vi ( a fome apertou ... mas como já os vi por 3 vezes arrisco o 4ª lugar).
5º - The Temple : Curiosidade ... apenas curiosidade. / Incubos : Não curto ...

2º Dia

Talvez o dia mais fraco, apenas arrisco o 1º lugar .... BLACK EYED PEAS, aquele jogo de ancas .... Parecíamos uns camionistas …

Uhm..
The Hives também deu para atrofiar ... eles que dividam o 2º lugar com os The Gift.
A grande desilusão do festival foi
Moby ... quem foi ao Meco o ano passado diz que foi brutal (no ano passado), este ano... tudo muito parado , o gajo põem se a falar do tempo (devia estar mais calor ..blá blá blá durante uns 10 minutos, fala me de tecnologia que é amiga dele e inimiga ao mesmo tempo.. TIPO o público não estava tão fudido assim para se pôr a divagar ... ).
Ponto alto do concerto ..do nada ouve-se uma voz que diz : "Cala me essa boca ..Põem te no caralho e canta, Vai apanhar no cú! "
Pois é o concerto acabou e pela primeira vez num festival ninguém pediu “BIS”.

Mas o convívio justificou os 70€ , em casa do Béu entupimos o Miguel de lixo e jornais enquanto o mesmo roncava profundamente .
Tudo começou com meter caricas por cima do nosso “Guru da Droga”... e o Jorge só queria era chouriço !

3ª Dia :

Pois é .. o Benfas mamou do Setúbal ( o meu clube desde pequenino lolol ...).
O senhor “bagaço” tinha uma garrafa de champanhe nem a abriu ... tal era a azia !
E prontos a festa já estava em contagem decrescente,
Audioslave abusou ( estranho eu dizer isto né ? ) , mas do nada um concerto que supostamente pouco me iria dizer transformou-se no concerto da noite!

Do nada ouve-se a Bulls on parade e outras tantas musicas de Rage Agains the Machine, de lá de traz desatamos a correr e moche com eles ... simplesmente lindo ( e eu que um dia antes andava a dizer que para o festival ser perfeito só faltavam mesmo os “Rage”).
Muito “moche”, muito empurrão, muito salto muita cacetada e muito me doeu o nariz (levei uma cabeçada na penca que me fez deitar sangue e tudo ... mas não parei ..”tampão no nariz e siga pa bingo”).

Marilyn Manson foi interessante ( sinceramente estava à espera de excessos da parte do gajo / talvez porque nunca tivesse visto).

Concertos da Noite :
1- Audioslave : tudo à pala de Rage ( foram uns belos 10 minutos sim senhor...)
2- Marilyn Manson : Pela curiosidade.

Ranking Final (Top 6 ) :
1º The Prodigy ( a razão da minha presença ).
2º System .
3º Audioslave (tudo à pala de “Rage”)
4º Black Eyed Peas (pela presença em palco )
5º The Hives ( o som deu para atrofiar )
6º Marilyn Manson

Ai ai .. Moby , no cd até tens potencial mas ao vivo pelo que vi ....

Aos presentes desafio que façam um pequeno Ranking no vosso Blog para podermos comparar .

O resto fica só para nós :D ...
Agora venham os proximos para esquecer que tenho que ir todos os dias bulir num mundo que nao me pertence , num mundo onde um fato e uma gravata contam mais que tudo!

Ao menos num festival somos todos diferentes mas estamos todos na mesma onda e sorrimos uns para os outros.
Ppalma