p Um mundo na Ppalma da mão: julho 2005

domingo, julho 24, 2005

Procuro-te!

Levo as conversas para aquele meu / nosso mundo, levo-te nos os sonhos com a corrente da maré, procuro o fascínio que me davas nas profundezas de outro ser.
Procuro-te

Por vezes encontro...!?
Mas não será um desencontro?

Procuro e penso que estou de novo a voar, nesse voo acho que estou de novo no mundo certo, que finalmente começo a ter as conversas certas / outrora nossas.

Procuro-te , "esqueço-te" , e sinto que estou curado.

Penso que voltei a voar, e acho que socialmente melhorei , que posso ser mais e melhor ou talvez possa evoluir a cada segundo como de antes.

Procuro as coisas pequenas, mas que na realidade das mais importantes e das que me davam assas, para te acompanhar nos altos voos .
Das que nos faziam sorrir e voar .

Do nada, encontro te e sinto me pequeno ao pé da tua grandeza !
“Invejo-te”, e sinto me vazio e embalo-me nas tuas conversas e fantasias.

E nelas “encontro a tua alma”, toco-te, sinto-te , e sinto-me em ti , “entrego me de novo a ti “.

Mas tu não estás lá!
O teu corpo não está lá!
A mística não existe, e aquele maldito sentimento resiste .

Agora explica-me , porquê que se não estás, se nunca mais vais voltar a estar, porque continuas cá dentro?
Porquê quando te vejo, sinto-me vazio e perdido mais uma vez?

Porque te procuro ?
Porque sinto falta?
(* Não fumo mais nada hoje....)

sábado, julho 23, 2005

À espera do fim...


Eu hoje fui visitar o meu pai, e fui a um Lar de idosos com ele (ele faz visitas a velhotes e ajuda o pessoal do lar quando é preciso).
A visita ao lar deixou me a pensar, aquele edifício "não passa de uma paragem de autocarro para a morte".

Na sala encontravam-se 10 idosos, com cara de quem não tem nenhum objectivo e sem nada para fazer.
Limitam-se a esperar pela fatal visita !

Vou andando por aí
Sobrevivendo à bebedeira e ao comprimido
Vou dizendo sim à engrenagem
E ando muito deprimido
E é difícil encontrar quem o não esteja
Quando o sistema nos consome e aleija
Trincamos sempre o caroço
Mas já não saboreamos a cereja
Já houve tempos em que eu
Tinha tudo não tendo quase nada
Quando dormia ao relento
Ouvindo o vento beijar a geada
Fazia o meu manjar com pão e uva
Fazia o meu caminho ao sol ou à chuva
Ao encontro da mão miúda
Que me assentava como uma luva
Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gosto de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois à espera do fim
Tu tens fortuna e eu não
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo
Mas temos em comum o facto de ambos vermos
A vida por um canudoInvertemos a ordem dos factores
Pusemos números à frente de amores
E vemos sempre a preto e branco o programa
Que afinal é a cores
Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gozo de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois à espera do fim
Só à espera do fim !!!
Música de : Jorge Palma

sexta-feira, julho 22, 2005

"Artista armado em purista 3"


Somos todos autómatos, a sociedade é 1 linha de produção em série, e eu KERO ser a maquina que se revolta ....
Ppalma

quarta-feira, julho 13, 2005

Homenagem....

Despí-te a personagem , rasguei-te o guião, improvisámos o texto, “roubei te a alma com a objectiva”, fiz do teu corpo a minha casa e foste de novo a personagem principal.
Permaneces anónima!

segunda-feira, julho 04, 2005

Metrokê?

No jantar de aniversário do Leonel calhou em conversa a questão de o que é ser Metrosexual.
Hoje em dia muitos se questionam o que é , e muitos dizem que é uma nova “raça da comunidade gay”.
Após a conversa existiram diversos pontos que foram ditos acerca de esta “nova forma de sêr” com que me identifiquei e que penso que no final todos nós temos um pouco de “metro”.
Então pesquisei em vários motores de busca várias informações acerca do assunto e aqui está a minha tese:

Falamos de um homem cosmopolita (metro, de metrópole) e usamos um termo que tem uns anos. Mark Simpson inventou--o em 1994 em Here Comes the Mirror Men (1). Quanto à promoção da metrossexualidade, esta tem a assinatura da imprensa especializada. Leia-se Face, GC, Esquire, Arena. Mas a concretização do género escapa ao domínio da moda e abrange já uma área mais vasta, sociologia, antropologia, incluídas. Antecipando a definição, recordemos apenas que, desde os finais dos anos 80, a publicidade e o cinema têm procurado “sangue” novo num filão até aí inexplorado. Homens fotografados com bebés ao colo. Homens que tomam conta de crianças, um tema recorrente na comédia, com sinal positivo ao seu desempenho. Homens que, se for preciso, se disfarçam de mulher para ter acesso aos filhos (como no filme Mrs. Doubtfire). Entenda-se, à sua proximidade (porque o tribunal decretou que o pai devia ser separado das crianças, e a mãe leva o interdito à letra, mas não recusa a governanta gordinha e boa cozinheira, que milagrosa e inesperadamente se apresenta para trabalhar).
Mas o metrossexual vai mais longe. Não quer mudar de pele, nem de roupa, nem de género, nem de orientação sexual – dá-se muito bem com a sua. Aliás, trata muito bem dela. Só que, e para ele, os territórios “interditos” do gineceu, supostamente feudos absolutos da mulher, não lhe são alheios, nem interditos. Um metrossexual adora cozinhar, está a par das tendências da moda em todas as suas declinações – desde a roupa aos acessórios, passando pela arquitectura de interiores e música – e se tiver filhos, ou se a mulher que ama os tiver, sente-se completamente à vontade no mundo dos biberões, das fraldas, visitas a museus , gosta de ver filmes alternativos (por exemplo recomendo o gato preto gato branco para começar).
uma palavra que descreva isso. Do que vejo, do que ouço, do que sei, o bar Capela é um viveiro de metrossexuais, assim como o Bairro Alto. Ou a Cinemateca. Ou o Grande Auditório do CCB, em Belém.”
Tratam da pele. São bons consumidores num campo que, no início, não lhes ligou nenhuma – a cosmética. É curioso referir que, no caso feminino, foi exactamente o contrário. As grandes marcas cresceram tendo como dado adquirido que a mulher é, por excelência, o alvo único desse gigantesco mercado. A seguir – e por via feminina –, investiu-se no mercado das crianças, “porque são as mulheres que decidem e compram”. Os homens sempre foram o parente pobre desta festa de consumo, mas foram eles que acabaram por impor a criação do seu próprio mercado:

Ou seja, também em casos não se regem pelas novas tendências da moda, vestem se como querem e sentem-se bem por se apresentarem como são cagando para os comentários de terceiros.
Particularizemos: um dos ex-líbris desta tendência chama-se David Beckham. Porquê ele? As revistas do coração dão conta de que adora moda – o que é visível nas suas mudanças de visual, nos diversos estilos de cabelo, que aliás muda de cor com frequência. Também sabemos que é gentil, carinhoso, atento e tem sentido de humor. E que adora comprar roupa para a mulher. E quando uma certa imprensa, mais exigente em matéria de estilos, censurou recentemente a sua falta de gosto, Victoria veio a lume defender o seu marido: “O David pode não ser o melhor a vestir-se ou a vestir-me, mas é de certeza o melhor do mundo a despir-me.”

Sensível, atento, bom amante, bom cozinheiro e com sentido de humor?
Um homem desses existe? Onde?” Um mini-inquérito informal junto de algumas estudantes de Sociologia da Universidade Autónoma de Lisboa, e de História, da Universidade Nova, sobre a novidade do termo, teve esta interrogação por resposta. A mesma questão colocada, também informalmente, ao longo de recentíssimas noites nalguns dos pontos mais concorridos do Bairro Alto obteve quase sempre a mesma interrogação como resposta. Com honrosas excepções.“Existe e é meu namorado.” Márcia P., de 29 anos, relações públicas de uma discoteca, no Porto, conhece o termo. Loura, cabelo curtíssimo, visual sofisticado, descreve assim o seu amor metrossexual: “Adora escolher-me roupa, acessórios, tem uma noção de estética muito apurada. Percebe mais de lingerie do que eu.
É pai solteiro, mas a criança está muito mais com ele do que com a mãe. Quando os vi juntos, fez-se um clique! Já sei de quem quero ter um filho!” O namorado de Márcia é arquitecto e tem 37 anos. Mas, afinal de contas, qual é a novidade em termos absolutos? Por obra e graça de um nome, inventou-se uma raça nova de homens não gays (mas igualmente sensíveis, que sabem lidar com crianças, entendem a linguagem dos afectos e sabem criar ambientes requintados)? No mínimo, é entrar no terreno do absurdo.“A questão não é tão linear. O facto de existir um nome concretiza uma realidade, que evidentemente já existia. Mas nomeá-la, avaliza-a. As palavras têm esse poder aglutinador, criador.

Não vou dizer em que pontos me identifiquei com esta "designação" , mas quanto a vocês não sei, mas eu posso dizer que em parte talvez todos nós sejamos um pouco “Metros” (uns mais que outros é certo).