p Um mundo na Ppalma da mão: Metrokê?

segunda-feira, julho 04, 2005

Metrokê?

No jantar de aniversário do Leonel calhou em conversa a questão de o que é ser Metrosexual.
Hoje em dia muitos se questionam o que é , e muitos dizem que é uma nova “raça da comunidade gay”.
Após a conversa existiram diversos pontos que foram ditos acerca de esta “nova forma de sêr” com que me identifiquei e que penso que no final todos nós temos um pouco de “metro”.
Então pesquisei em vários motores de busca várias informações acerca do assunto e aqui está a minha tese:

Falamos de um homem cosmopolita (metro, de metrópole) e usamos um termo que tem uns anos. Mark Simpson inventou--o em 1994 em Here Comes the Mirror Men (1). Quanto à promoção da metrossexualidade, esta tem a assinatura da imprensa especializada. Leia-se Face, GC, Esquire, Arena. Mas a concretização do género escapa ao domínio da moda e abrange já uma área mais vasta, sociologia, antropologia, incluídas. Antecipando a definição, recordemos apenas que, desde os finais dos anos 80, a publicidade e o cinema têm procurado “sangue” novo num filão até aí inexplorado. Homens fotografados com bebés ao colo. Homens que tomam conta de crianças, um tema recorrente na comédia, com sinal positivo ao seu desempenho. Homens que, se for preciso, se disfarçam de mulher para ter acesso aos filhos (como no filme Mrs. Doubtfire). Entenda-se, à sua proximidade (porque o tribunal decretou que o pai devia ser separado das crianças, e a mãe leva o interdito à letra, mas não recusa a governanta gordinha e boa cozinheira, que milagrosa e inesperadamente se apresenta para trabalhar).
Mas o metrossexual vai mais longe. Não quer mudar de pele, nem de roupa, nem de género, nem de orientação sexual – dá-se muito bem com a sua. Aliás, trata muito bem dela. Só que, e para ele, os territórios “interditos” do gineceu, supostamente feudos absolutos da mulher, não lhe são alheios, nem interditos. Um metrossexual adora cozinhar, está a par das tendências da moda em todas as suas declinações – desde a roupa aos acessórios, passando pela arquitectura de interiores e música – e se tiver filhos, ou se a mulher que ama os tiver, sente-se completamente à vontade no mundo dos biberões, das fraldas, visitas a museus , gosta de ver filmes alternativos (por exemplo recomendo o gato preto gato branco para começar).
uma palavra que descreva isso. Do que vejo, do que ouço, do que sei, o bar Capela é um viveiro de metrossexuais, assim como o Bairro Alto. Ou a Cinemateca. Ou o Grande Auditório do CCB, em Belém.”
Tratam da pele. São bons consumidores num campo que, no início, não lhes ligou nenhuma – a cosmética. É curioso referir que, no caso feminino, foi exactamente o contrário. As grandes marcas cresceram tendo como dado adquirido que a mulher é, por excelência, o alvo único desse gigantesco mercado. A seguir – e por via feminina –, investiu-se no mercado das crianças, “porque são as mulheres que decidem e compram”. Os homens sempre foram o parente pobre desta festa de consumo, mas foram eles que acabaram por impor a criação do seu próprio mercado:

Ou seja, também em casos não se regem pelas novas tendências da moda, vestem se como querem e sentem-se bem por se apresentarem como são cagando para os comentários de terceiros.
Particularizemos: um dos ex-líbris desta tendência chama-se David Beckham. Porquê ele? As revistas do coração dão conta de que adora moda – o que é visível nas suas mudanças de visual, nos diversos estilos de cabelo, que aliás muda de cor com frequência. Também sabemos que é gentil, carinhoso, atento e tem sentido de humor. E que adora comprar roupa para a mulher. E quando uma certa imprensa, mais exigente em matéria de estilos, censurou recentemente a sua falta de gosto, Victoria veio a lume defender o seu marido: “O David pode não ser o melhor a vestir-se ou a vestir-me, mas é de certeza o melhor do mundo a despir-me.”

Sensível, atento, bom amante, bom cozinheiro e com sentido de humor?
Um homem desses existe? Onde?” Um mini-inquérito informal junto de algumas estudantes de Sociologia da Universidade Autónoma de Lisboa, e de História, da Universidade Nova, sobre a novidade do termo, teve esta interrogação por resposta. A mesma questão colocada, também informalmente, ao longo de recentíssimas noites nalguns dos pontos mais concorridos do Bairro Alto obteve quase sempre a mesma interrogação como resposta. Com honrosas excepções.“Existe e é meu namorado.” Márcia P., de 29 anos, relações públicas de uma discoteca, no Porto, conhece o termo. Loura, cabelo curtíssimo, visual sofisticado, descreve assim o seu amor metrossexual: “Adora escolher-me roupa, acessórios, tem uma noção de estética muito apurada. Percebe mais de lingerie do que eu.
É pai solteiro, mas a criança está muito mais com ele do que com a mãe. Quando os vi juntos, fez-se um clique! Já sei de quem quero ter um filho!” O namorado de Márcia é arquitecto e tem 37 anos. Mas, afinal de contas, qual é a novidade em termos absolutos? Por obra e graça de um nome, inventou-se uma raça nova de homens não gays (mas igualmente sensíveis, que sabem lidar com crianças, entendem a linguagem dos afectos e sabem criar ambientes requintados)? No mínimo, é entrar no terreno do absurdo.“A questão não é tão linear. O facto de existir um nome concretiza uma realidade, que evidentemente já existia. Mas nomeá-la, avaliza-a. As palavras têm esse poder aglutinador, criador.

Não vou dizer em que pontos me identifiquei com esta "designação" , mas quanto a vocês não sei, mas eu posso dizer que em parte talvez todos nós sejamos um pouco “Metros” (uns mais que outros é certo).

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muito sinceramente não é assunto que me interesse muito, mas curto de chamar metrossexual ao pessoal para eles se picarem, aliás até tenho uma ligeira impressão, que o pessoal picasse mais com metrossexual do que com gay ...

quinta-feira, 07 julho, 2005  
Blogger Ppalma said...

LOL , pois a mim tb n é 1 assunto k me interesse muito mas.... c/ a conversa do jantar fiquei uma beka curioso "sobre o assunto" e prontos decidi meter isto aki ( não sei bem pk mas ... )

quinta-feira, 07 julho, 2005  
Blogger SaoAlvesC said...

eu sou do mais liberal nestas matérias... respeito muito as opções de cada um, até como já deves ter reparado, né!?

e acho bem que os homens se cuidem, e cuidem das crianças e da casa que também é território seu... nem sequer entendo pq raio é que isso tem que ter uma designação!

terça-feira, 12 julho, 2005  
Blogger Ppalma said...

POIS.... É a estupidez Humana elevada à sua mais alta "moral" ! lol

quarta-feira, 13 julho, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Metrossexual é uma boa designação, para os heterossexuais gozarem e fazerem disso um tema "muito activo" hoje em dia, apesar de eu nem conseguir distinguir um na rua ...

quinta-feira, 14 julho, 2005  

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