A vida devia ser como um...

Já estava com saudades!
Não, não vos vou dizer como foi o festival.


Já tinha saudades de sair da selva urbana, onde somos constantemente bombardeados pela merda do consumismo , pela corrida constante do dia a dia, pelo stress invisível que nos acompanha durante todos dias, desde que acordamos até à hora de desligar a luz.

Num festival sim, encontras a verdadeira qualidade de vida , sem stress, sem horas e horários , sem a agressividade dos noticiários da T.V.I , sem “aquele nervoso miudinho” , sem preconceitos, sem roupa de marca, sem loobies, sem falsos valores.
Apenas tu estás lá , tu e os 50 ou 60 mil que lá estão, mas estão todos lá , todos na sua e todos na mesma.

Acho que a vida devia ser toda ela como um festival, pois se formos a ver é apenas neles que toda a gente se une , toda a gente se conhece , dá boleia sem pensar que pode ser assaltada . Somos todos um só.

Como o “Bagaço” (http://www.ptwworld.blogspot.com/) diz, um festival é como um santuário, que tal como a ele também é dos poucos “lugares” onde encontro paz e me sinto verdadeiramente livre.
É lá que me encontro , e vou buscar a alegria e as forças para o resto do ano !

Já sinto saudades de dormir por cima das pedras afiadas, de andar cheio de pó na cara, de me sentir todo partido , mas livre e nem o cansaço me faz parar .
Enquanto nesta selva urbana basta me olhar para a tristeza que vejo da minha janela para me sentir cansado e farto desta futilidade “pseudo-civilizada e moralista de falsos e inúteis valores ”.

“compra”, “mostra”, “roupa de marca”, “empréstimos bancários”, das 9 às 18h para chegares ao final do ano e veres que não fizeste nada e continuas na mesma”, “Mama, mama, papa, papa, , xula , xupa, come, consome”, “ecrãs de plasma” , um BMW à porta de casa”, ““atentados”, assaltos, “vacas loucas”, “incêndios”, “seca” a família feliz”, “os inúteis”, “os tubarões”.....